Novas conjunturas = Novos profissionais

A globalização trouxe novos atores as Relações Internacionais e muda a forma como é vista a autonomia do Estado-Nação. Estes novos atores podem ser as Organizações Internacionais, ONG's e as multinacionais. Em relação as últimas, as multinacionais criam valores e independente da mudança de país estes continuarão com elas. 

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É viável para a sua empresa investir nas mídias sociais?

Estamos vivendo a era da colaboração e da exposição.
Vemos constantemente frases como "tome cuidado com o que você posta com o seu perfil no orkut, twitter ou facebook, pois estes são analisados durante um processo de seleção para uma vaga de trabalho".

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Seminário: Liderança e Responsabilidade do Brasil

O Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) em parceria com a Prospectiva – Negócios Internacionais e Políticas Públicas – realizará o Seminário Liderança e Responsabilidade na Nova Agenda Internacional do Brasil.  O seminário conta com o apoio do Consulado do Canadá e também da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O encontro visa promover o debate sobre a emergência de novos temas no processo de internacionalização da economia brasileira e seus reflexos nas políticas públicas e estratégias privadas para o próximo governo bem como seus impactos regionais.

Clique aqui para a programação completa.  

DATA: 04 de agosto, quarta-feira.
LOCAL: CNI - Confederação Nacional da Indústria SBN - Quadra 01 - Bloco C - Ed. Roberto Simonsen, Brasília – DF
HORÁRIO: 09h00 às 17h30

INSCRIÇÃO: pelo site do CEBRI ou enviando nome, instituição, cargo, endereço, telefone e e-mail para eventos@cebri.org.br

INFORMAÇÕES: Leonardo Paz ou Thiago Costa - (21) 2219-4469
VAGAS LIMITADAS
Fonte: Cebri
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CEBRI 12 anos: A Inserção Internacional do Brasil

Em 2010, o Centro Brasileiro de Relações Internacionais - CEBRI comemora 12 Anos de sua fundação. No escopo das atividades comemorativas será realizada a Mesa-redonda: A Inserção Internacional do Brasil, além da entrega do Prêmio Personalidade CEBRI 2010. Entre os premiados estão Luciano Coutinho, Presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como Personalidade Pública; Maurício Botelho, Presidente do Conselho de Administração da EMBRAER como Personalidade Empresarial e, por fim,  o prêmio especial Personalidade Acadêmica in memoriam para Gilberto Dupas, Ex-Presidente do Instituto de Estudos Econômicos e Internacionais – IEEI.

Na ocasião, serão lançados a edição especial do CEBRI-Dossiê: Prioridades da Política Externa Brasileira à Luz do Interesse Nacional e também o Relatório de Atividades CEBRI 2008-2009.

DATA: 05 de agosto, quinta-feira.
LOCAL: Auditório da Confederação Nacional do Comércio – CNC, Av. General Justo, 307 - Centro, Rio de Janeiro.
HORÁRIO: 09h00 às 13h00
INSCRIÇÃO: pelo site do CEBRI ou enviando nome, instituição, cargo, endereço, telefone e e-mail para eventos@cebri.org.br
INFORMAÇÕES: Walquiria Felizardo  ou Elizabete Jubé- (21) 2219-4469 

Para se inscrever clique aqui.

Fonte: Cebri
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Seminário: Empresas de Brasil e China na África

O Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), com o apoio do UK Department for International Development (DFID)Patrocínio Ouro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Patrocínio Prata da Odebrecht  realizará o Seminário Empresas de Brasil e China na África: Parceria, Concorrência e Desenvolvimento.

Este seminário qualificará a atuação de empresas brasileiras e chinesas na África e sua relação com o desenvolvimento dos países africanos. O foco é avaliar se e como o investimento privado e/ou a prestação de serviços estrangeiros afetam o desenvolvimento local, incluso a educação e saúde da população. A percepção da população local quanto à qualidade e benefícios da atuação de empresas de distintos países também é foco de interesse. E também se e como estas empresas contribuem para o fortalecimento da capacitação local e para redução da corrupção. Serão avaliados os distintos interesses, motivações e seus impactos sobre o desenvolvimento regional, levando-se em consideração o tipo de concorrência atual e potencial entre empresas brasileiras e chinesas nos diferentes países africanos, os mecanismos de financiamento disponíveis para estas empresas, assim como a existência de apoio de seus países de origem e o grau de institucionalidade dos países em que atuam. Embora a atuação de empresas multinacionais brasileiras e chinesas em países africanos seja o foco deste evento, sua crescente participação na África faz surgir questões importantes para a política externa de seus países como, por exemplo: como administrarão seus empréstimos e ajuda? Se posicionarão em disputas ente países africanos, submersos em uma complexidade política, étnica e religiosa? Buscarão um papel mais ativo nas relações internacionais do continente?
 
Programacão completa (em breve).
 
LOCAL: SÂO PAULO -SP
HORÁRIO: 08h30 às 18h30
INSCRIÇÃO: pelo site do CEBRI ou enviando nome, instituição, cargo, endereço, telefone e e-mail para
projetobrasilechina@cebri.org.br  , utilizando como título: “Brasil e China na África”
INFORMAÇÕES: Thaís Justen ou Guilherme Seródio - (21) 2219 4464/4469

Para se inscrever clique aqui 

Fonte: Cebri 
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Curso de Negociação Empresarial Internacional

Inscreva-se


5/7/2010

Cidade: São Paulo
Local: Fortune Residence - Rua Haddock Lobo, 804 - Jardins - Próximo ao Metrô Consolação.
Data: 05 a 08 de julho de 2010
Horário: 19h00 às 22h45

Investimento:
- R$ 549,00 à vista
Forma de pagamento: BOLETO BANCÁRIO


DescritivoO Curso de Negociação Empresarial Internacional visa capacitar pessoas nas técnicas e práticas da negociação internacional privada. 

Objetivo
Apresentar o funcionamento das negociações internacionais em tempos de globalização e ensinar o ferramental prático para a atuação do negociador internacional, por meio de estudo de casos, simulações e exercícios; além de compreender a realidade e a necessidade do mercado de trabalho. 

Programação
 Negociação Empresarial Internacional Carga horária: 16 horas-aula
i) Ambiente Internacional e o Negociador Brasileiro- Negócios Internacionais no Século XXI e sua Complexidade
- Orientação de Negócios da Empresa Brasileira e sua Inserção Internacional
- Perfil e Imagem do Negociador Brasileiro

ii) Estilos de Negociação e a Importância Cultural- Estilos de Negociadores
- Negociações Interculturais
- Comunicação Intercultural

iii) Negociação Internacional na Prática- Táticas usadas à mesa
- Pontos de Conflito nas Negociações Internacionais
- Geoestratégia Comercial Internacional
- Contratos nos Negócios Internacionais

iv) Metacompetências do Negociador- Protecionismo e Livre Comércio
- Defesa Comercial
- Integração Regional
- Formação de Blocos Econômicos

v) Análise de Mercados- A papel do Brasil no cenário internacional
- Aspectos Políticos, econômicos, sócio-culturais e tecnológicos que podem interferir nas atividades internacionais das empresas
- Riscos inerentes ao processo de internacionalização
- Pesquisa de mercados
- captação de negócios

vi) Estudos de casos reais- Casos de Sucesso
- Casos de Fracasso

Coordenador: Sérgio Pereira é bacharel em Relações Internacionais com especialização em Negócios Internacionais. Possui 20 anos de experiência no Comércio Internacional tendo colaborado com empresas dos ramos siderúrgico, têxtil e químico. Professor universitário, palestrante e autor de diversos artigos publicados regularmente desde 1989 em jornais, revistas e portais especializados em Comércio Exterior e Relações Internacionais. Atualmente é Gerente de Mercado Internacional da Cia Nitro Química – divisão química do Grupo Votorantim, Sócio da Ankon Educação Executiva Internacional e Professor titular da FIA-SP (Pós-Graduação e MBA) em disciplinas gerenciais de Comércio Internacional, Marketing e Controladoria. 

CERTIFICADOSerá concedido certificado emitido pelo Cursos MundoRI para os participantes que tiverem no mínimo 80% de presença no decorrer do curso.

CONTATO Cursos MundoRITelefones: (11) 3711-4158 - das 9h às 18h
inscricoes@mundori.com

Observações:
1.0 Na falta de "quorum" na opção escolhida o participante poderá optar por outros horários e cursos disponíveis ou a restituição integral do valor pago;
2.0 Em caso de desistência por qualquer motivo o participante deverá comunicar por escrito à Coordenação do Curso;

3.0 Cancelamento
3.1 Pelo Cursos MundoRI, será devolvido 100% do valor pago. Avisaremos do cancelamento com 48 horas de antecedência da data prevista para início do curso. O reembolso será creditado em cinco dias úteis;
3.2 Pelo PARTICIPANTE, será devolvido 80% do valor pago. O cancelamento deverá ser solicitado por e-mail ou telefone, com 72 horas de antecedência do início do curso. Depois deste prazo não haverá devolução do valor pago. O reembolso será creditado em cinco dias úteis;
3.3 O Cursos MundoRI não se responsabiliza pelo reembolso de valores de passagens aéreas e outro tipo de locomoção dos alunos/participantes.
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Curso de Diplomacia Corporativa - A Construção das Relações Internacionais da Empresa

Inscreva-se


2/10/2010

Cidade: São Paulo
Local: Fortune Residence - Rua Haddock Lobo, 804 - Jardins - Próximo ao Metrô Consolação.
Data: 02 e 09 de outubro de 2010
Horário: 09h00 às 17h00

Investimento:
-R$599,00 à vista, ou
-2 x R$329,00.
Forma de pagamento: BOLETO BANCÁRIO

Descritivo
Desenvolver habilidades estratégicas nos negócios internacionais.

Objetivo
O curso está focado na preparação de executivo dos negócios internacionais. O curso apresenta instrumentos inovadores que ajudarão o executivo a pensar estrategicamente o ambiente de negócios internacionais.

Programação:Diplomacia Corporativa A Construção das Relações Internacionais da Empresa

Carga horária: 
12 horas-aula

i)Ambiente Internacional e o Negociador Brasileiro
-Negócios Internacionais no Século XXI e sua Complexidade
-Orientação de Negócios da Empresa Brasileira e sua Inserção Internacional
-Perfil e Imagem do Negociador Brasileiro

i)Dimensões da Política Externa Corporativa
-Dimensão Mercado: identificação das oportunidades de negócios Internacionais
-Dimensão Governo: construindo relacionamento com governos
-Dimensão Sociedade: geração de valor com responsabilidade social
-Dimensão Informação: construção da imagem da empresa junto ao mercado, governo
e sociedade.

ii)Definição dos objetivos da Política Externa Corporativa-Avaliação da sensibilidade dimensional corporativa
-Balanced Scorecard International (BSCi)

iii)Monitoramento da Política Externa Corporativa
-CAGE Framework
-Cinco Riscos dos Negócios Internacionais

iv)O Papel do diplomata corporativo.-A construção do global mindset do executivo
-Inteligência Cultural

Coordenador: Prof. Dr. Gilberto Sarfati é Economista, mestre (The Hebrew University of Jerusalem- Israel), doutor (Departamento de Ciências Políticas da FFLCH/USP) em Relações Internacionais e Pós-Doutorado em Estratégia Empresarial pela FGV-EAESP. Leciona no curso de Relações Internacionais das Faculdades Integradas Rio Branco e no de Administração de Empresas da FGV-EAESP e Insper, além do Mestrado Profissional em Gestão Internacional (MPGI) da FGV-EAESP. É autor dos livros "Teorias de Relações Internacionais" publicado pela Editora Saraiva em 2005, "Manual de Diplomacia Corporativa: As Relações Internacionais da Empresa" publicado pela Editora Atlas em 2007, "Terceiro Xadrez: Como as Empresas Multinacionais Negociam nas Relações Econômicas Internacionais", publicado pela EDUSP em 2009 e o "Manual de Negociação", publicado pela Editora Saraiva em 2010, Já atuou como VP do Webster Bank no Brasil, Country Manager da Segurlink , Diretor de Novos Negócios da Nexxy Capital e Consultor Senior da Resolve Global Marketing.

CERTIFICADO
Será concedido certificado emitido pelo Cursos MundoRI para os participantes que tiverem no mínimo 80% de presença no decorrer do curso.

CONTATO Cursos MundoRI
Telefones: (11) 3711-4158 - das 9h às 18h
inscricoes@mundori.com

Observações:1.0 Na falta de "quorum" na opção escolhida o participante poderá optar por outros horários e cursos disponíveis ou a restituição integral do valor pago;
2.0 Em caso de desistência por qualquer motivo o participante deverá comunicar por escrito à Coordenação do Curso;

3.0 Cancelamento
3.1 Pelo Cursos MundoRI, será devolvido 100% do valor pago. Avisaremos do cancelamento com 48 horas de antecedência da data prevista para início do curso. O reembolso será creditado em cinco dias úteis;
3.2 Pelo PARTICIPANTE, será devolvido 80% do valor pago. O cancelamento deverá ser solicitado por e-mail ou telefone, com 72 horas de antecedência do início do curso. Depois deste prazo não haverá devolução do valor pago. O reembolso será creditado em cinco dias úteis;
3.3 O Cursos MundoRI não se responsabiliza pelo reembolso de valores de passagens aéreas e outro tipo de locomoção dos alunos/participantes.

Fonte: MundoRI
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Liderança: uma competência estratégica

Por Heloisa Durante e Carolina Winckler*


         Vivemos em um mundo onde as mudanças no cenário econômico são constantes. O fenômeno da globalização é prova disto, a crise financeira que ocorre em um país, atinge vários Estados, afetando todo o mercado. A interdependência entre as nações é cada vez mais evidente e traz novos desafios as organizações, sejam multinacionais ou pequenas empresas.
        
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ENCOMEX Mercosul 2010

Vem aí o ENCOMEX Mercosul 2010.
Porto Alegre, de 31 de agosto a 1º de setembro de 2010.
Em breve, mais informações.


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Internacionalização e os Fatores de influência no Marketing Internacional




Ao internacionalizar uma empresa, seja ela, prestadora de serviço ou de um produto, utilizar o marketing internacional é de suma importância para o sucesso da empreitada. Empreitada? Sim, isso mesmo, porque o processo de internacionalização requer muito estudo, planejamento, AÇÃO,  um bom monitoramento e revisão das estratégias.

As ferramentas utilizadas no marketing doméstico e no internacional são as mesmas, estudar as necessidades e desejos dos consumidores, tendências setoriais, ambientes econômico, tecnológico e político do mercado, porém para uma análise completa do mercado externo é necessário acrescentar as forças políticas e a legislação (barreiras políticas e legais), as diferenças culturais significativas, como a crenças e valores dos consumidores, idioma, vestuários, moradia, comunicação e hábitos de consumo.

Porém existem fatores que influenciam o processo de internacionalização e entende-los é necessário para adequar os produtos às necessidades do mercado para qual se pretende vender. Tais fatores são:

Globalização - Tornou-se forte com a evolução das telecomunicações e meios de transportes, fazendo com que haja uma integração de caráter social, econômico, político e cultural entre os países. A interação entre os Estados permitiu que estes pudessem ofertar seus produtos a mercados estrangeiros de uma forma mais rápida e dinâmica, quebrando paradigmas, remodelando e adequação processos de gestão.

Formação de blocos regionais - Gera a integração política, econômica, e social de países em esferas regionais, buscando o fortalecimento no cenário internacional. A tendência aos blocos é resultado do processo de globalização, pois este torna a concorrência mais acirrada, fazendo que os atores participantes destes blocos notem o benefício de juntar esforços em torno de um mesmo objetivo.

Mudanças na ordem política - O cenário internacional é influenciado por fatores políticos poderosos que impactam sobremaneira a economia mundial. Um bom exemplo são os conflitos no oriente médio, as guerras regionais e mundiais, as adesões de países a União Européia e a criação de novos blocos regionais.

Mudanças demográficas - Estudos mostram que todos os países industrializados estão enfrentando as mesmas tendências: aumento mais rápido da faixa etária de 50 a 54 anos e redução do crescimento da população como um todo. As empresas precisam assimilar o que isso significa para os seus produtos.

Preocupações com o meio ambiente - A concepção de uma estratégia de marketing deverá assegurar que a empresa e seus stakeholders valorizem a mensagem ambiental. É necessário entender que os movimentos ecológicos, não é só um produto limpo, mas sim a mudança nas atitudes dos gestores das empresas, no sentido de adaptarem práticas cotidianas que demonstrem sua consciência quanto à preservação do ambiente.

Mudanças tecnológicas - São as mudanças que podem ser vistas na evolução dos produtos eletrônicos, na biotecnologia, medicina e nas telecomunicações.

Força econômica do sudeste asiático - Pode ser encarada como uma ameaça ou oportunidade. A China, por exemplo, é destino das exportações brasileiras e cada vez mais, Brasil e China fecham acordos para o desenvolvimento e crescimento de ambos. Mas ao mesmo tempo, no ramo de tecelagem, é uma forte competidora dos produtos brasileiros.

Internet e E-commerce - Não existem barreiras para a venda na internet, as fronteiras são amplas e o crescimento é enorme.


Analisando somente estes fatores pode-se notar a necessidade de estudá-los, principalmente para detectar as necessidades do cliente alvo, pois a análise revelará a adequação necessária do produto, qual o tipo de embalagem adequada, quais os canais de distribuição e de promoção que se deve usar. Além da adequação de produto um estudo deste nível revela a necessidade do mercado em absorver a criação de novos produtos.
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Ensaio Amazônico: De Euclides da Cunha à Contemporaneidade. Por Willian Rocha

Hoje posto a primeira colaboração no meu blog. O artigo escrito por *Willian Rocha (@w_rocha)


INTRODUÇÃO

A Amazônia, "ainda sob o aspecto estritamente físico, conhecemo-la aos fragmentos. Mais de um século de perseverantes pesquisas e uma literatura inestimável, de numerosas monografias, mostram-no-la sob incontáveis aspectos parcelados. A inteligência humana não suportaria, de improviso, o peso daquela realidade portentosa.” (CUNHA, 1994). Escreveu o ilustre escritor brasileiro Euclides da Cunha, no inicio do século XX, quando nomeado chefe da comissão mista brasileiro-peruana de reconhecimento do Alto-Purus, com o objetivo de demarcar limites entre o Brasil e o Peru. Mais de cem anos se passaram desde que Euclides esteve nessa região e o excerto acima ainda se mostra evidente.
Euclides dava a “Amazônia uma visão de constante mutação, de construção inacabada, uma espécie de página incompleta do Gênesis” (PONTES, 2005). Essa página incompleta e quase esquecida a qual Euclides referencia a Amazônia encontra-se ainda no imaginário ocidental desde o século XVIII como uma área de fronteira marcada pela idéia de espaço vazio. Tal compreensão permanece até os dias atuais, tanto nas concepções dos indivíduos que migram para esse território quanto para os tomadores de decisão que operam nas políticas públicas.

REFLEXÕES SOBRE O CONCEITO DE FRONTEIRA

Fronteira em seu conceito amplo, diz respeito a uma determinada área de duas partes distintas. Tal conceito foi ao longo da história se consolidando e tanto no período das monarquias nacionais, quanto da Paz de Westphália, o estabelecimento e delimitação do alcance do poder do Estado necessitavam de uma maior exatidão. No entanto, essa fronteira pode representar muito mais que uma mera divisão ou unificação de partes. Esse conceito pode representar também, o nível de autonomia e soberania de um Estado sobre o outro, dois regimes políticos e/ou ideológicos, duas formas de organização e o que a fronteira que se buscará explicar neste trabalho exemplifica: o de duas realidades distintas.
Atrelado, e muitas vezes sinônimo ao conceito de fronteira, o conceito de limite é comumente utilizado. Entretanto, cabe diferenciação. A fronteira, no seu sentido amplo marca e coloca o outro lado como o diferente, ou seja, como o começo do novo, pode-se assim dizer. Já o limite, designa o fim do controle de uma determinada unidade político-territorial. Em outras palavras, fronteira diz respeito a uma ordem e/ou demarcação natural, geométrica e até mesmo arbitrária, ou seja, de integração, todavia, o limite é uma abstração como fator de separação.
A fronteira amazônica descrita por Euclides da Cunha ia muito além de uma delimitação geográfica e alcançava os níveis de análise sócio-antropológicos. Pensar em Amazônia na perspectiva Euclidiana é pensar em uma Fronteira do desconhecido, do incerto, do portentoso e principalmente, do social. A expedição do autor pela região, que tinha como objetivo principal a demarcação de fronteiras, acabou resultando em uma valiosa e profunda análise social da região.
Euclides da Cunha pode ser considerado como um missionário do progresso. Da mesma forma com a qual desejou integrar o Sertão nordestino à vida nacional, assim o fez em relação à Amazônia. O autor propôs a recuperação do rio Purus (para torná-lo melhor navegável), a construção de uma estrada de ferro - a Transacreana - que seria capaz de espalhar frentes de colonização e proteger as fronteiras do país. Além do mais, incitou sempre em seus escritos, a integração da Amazônia ao resto do país e que tal integração não se desse apenas territorialmente, mas de fato, levando o desenvolvimento a essa região. Neste sentido, Euclides pode ser visto como um precursor de idéias e projetos que foram implementados, com ou sem sucesso, anos mais tarde, como a Madeira-Mamoré, o IBGE, e, até mesmo, a Calha-Norte. Tal integração da Amazônia ao Brasil proposta por Euclides, colocava a região na agenda de Política Externa do Brasileira, o que até hoje se apresenta como fundamental para o resguardo da soberania.
Atualmente, o intento de levar desenvolvimento à região remete aos tempos do escritor e mesmo com inúmeras políticas para a região, tal efetiva integração até os dias de hoje mostra-se se como algo almejado, tanto quanto um grande desafio. Cabe notar que os escritos do autor acerca dos problemas da Amazônia revestem-se de contemporaneidade. Algumas questões por ele expostas, como o abandono da região e a “porosidade das fronteiras como ao agravamento da situação social” (PONTES, 2005) demonstram ainda, temas básicos de reflexão e entendimento da região. Euclides da Cunha pensou sob a ótica da Diplomacia fatores e premissas estratégicas que se relacionavam a ação do poder público na região. Fato esse que deve ser entendido e tido como referência ao analisar não só a região do Alto-Purus, onde o escritor esteve, mas a Hiléia de modo geral.
Dentre inúmeros processos e viés de integração da região, em especial do Alto Purus foi em 2009 que foi dado um passo importante na história da região. Uma proposta de integração econômica e comercial entre as regiões do Alto-Juruá e Alto-Purus[1], entre Brasil e Peru, fazendo do Rio Purus uma alternativa de escoamento para produção de ambos países. Cem anos depois da passagem de Euclides pela região, uma integração efetiva e mediada pelo Ministério das Relações Exteriores parece acenar na direção já proposta pelo escritor para a região.
O entendimento proposto por Euclides da Cunha retratando a Amazônia sob o viés historiográfico, permitiu uma leitura renovada dos problemas de fronteira, de integração física e de inclusão social, dando ênfase, assim, a importância dessas três dimensões para a formulação da Política Externa brasileira da época. Tais dimensões devem servir de base ao analisar a região, que, resguardando as riquezas naturais, apresenta o fator social e humano como peça chave da interação que leva ao desenvolvimento; e é exatamente nesses múltiplos cenários que impõe, como desafio, o desvendar de cada fragmento da história da Região.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Amazônia hoje se tornou fundamentalmente um espaço-chave para o prosseguimento da aventura humana no planeta Terra, e com ela inúmeras formas da biodiversidade cuja evolução desencadeou. A região, muito antes da dramaticidade que alcançou, teve vários momentos de elaboração, análise e crítica, na história da ciência e da cultura, em particular na chamada literatura dos viajantes, dos cronistas aos naturalistas românticos, e destes aos primeiros ficcionistas. Todos a seu modo tentaram representar o sublime daquela paisagem, em seu desmesuramento de real-maravilhoso que guarda igualmente os segredos do deslumbre e do fantástico. Euclides da Cunha, depois do sucesso estrondoso de sua narrativa acerca da tragédia sertaneja de Canudos, foi um dos primeiros escritores latino-americanos modernos a encarar o desafio de 'escrever a Amazônia’.
Euclides julgava imparcial a marcha do progresso, da civilização e do desenvolvimento, que traria a absorção do indígena e do sertanejo em detrimento do avanço unicamente das ‘raças’ e ‘culturas’ tidas como superiores. Os sertões, quer nordestinos, quer amazônicos, eram e são tidos como desertos, espaços fora da escrita. Ao explorar a caatinga e a floresta e resgatar o sertanejo e o seringueiro do esquecimento, o escritor procurava integrar os sertões e a floresta à escrita e à história, cujos limites e fronteiras estariam em constante expansão. Para Euclides, fora da escrita, da história e do conseqüente desenvolvimento, “não há salvação, só existe o deserto” (CUNHA, 1994). O discurso etnográfico e por vezes sócio-antropológico do autor sobrepunha inclusive as fronteiras nacionais, como visto em seus escritos sobre a política internacional da época.
Mais de Cem anos depois da passagem de Euclides pela Amazônia a região mostra-se em estado semelhante, seja do ponto de vista de seu espaço e, seja ao mesmo tempo, tão dispare quando se pensa na pluralidade de culturas, naturezas e sociedades aqui existentes. Testemunho de seu tempo, o autor no inicio do século XX já abordava a importância da Amazônia no contexto internacional e destacava a relevância em integrar a região ao Brasil, efetivando assim, uma política exterior voltada para a região, resguardando a soberania e podendo levar ao desenvolvimento.



[1] Agência de Notícias do Acre. Alfândega Provisória no Alto Purus inaugura nova rota comercial Brasil-Peru. Disponível em: http://www.agencia.ac.gov.br/index.php?option=com_ content&task=view&id=9011&Itemid=139 . Acesso: 10 / 10 / 2009


*Willian Rocha (@w_rocha) 
Internacionalista
Diretor do Grupo de Ação pelo Desenvolvimento - GADE
Articulação Local do Programa de Voluntários das Nações Unidas - UNV

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Rumos do BRIC e avanços das negociações com a China





O encontro da cúpula de chefes de Estado do BRIC (Brasil, Rússia, China e Índia), ocorrido em Brasília em 15/04/2010, com o tema "O papel do Bric na transformação global pós-crise econômica", os países trocaram opiniões acerca dos desafios comuns e oportunidades enfrentadas pelos quatro Estados no período pós-crise e sobre a atual conjuntura econômica mundial. Para que se possa colecionar sugestões ao aprofundamento das colaborações entre os membros do Bric.

De acordo com a agenda da reunião, os temas debatidos na cúpula foram relativos aos investimentos diretos estrangeiros, à inovação tecnológica, os desafios impostos pelas mudanças climáticas, ao comércio internacional e à resposta à crise financeira global.

A inteção da cúpula seria também um teste para presidente brasileiro convencer a Rússia e a China a apoiar a questão negociada em vez de uma sanção nova ao Irã (no caso das armas nucleares). Segundo o jornal o Estadão: "A recusa de Pequim e Moscou deixaria o Brasil isolado nessa questão. Entre diplomatas que acompanham o tema, essa possibilidade parece totalmente plausível, por causa dos desdobramentos recentes da conferência nuclear em Washington”.

Os países do BRIC também querem transações comerciais em moedas locais, sem a intermediação do euro. Para isso, serão negociados acordos de cooperação monetária, entre os dirigentes do Bric, para facilitar investimentos e ampliar o comércio no âmbito desta organização.

Os chefes de Estados assinaram  um comunicado conjunto pedindo uma conclusão das reformas do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (Bird). Defendem que para a reforma de estrutura de governância destas instituições, será necessário uma mudança substancial no poder de voto em favor dos países em desenvolvimento e das economias de mercados emergentes, com a intenção da participação na tomada de decisões, para que se alinhe com o peso relativo destes na economia global.

Durante o encontro Lula defendeu uma presença maior do BRIC nos organismos internacionais, apontando para os esforços em defesa de uma governança global.

Brasil x China 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da China, Hu Jintao, assinaram acordos nas áreas de tecnologia, petróleo e cultura.

Um dos acordos firmado, é a exploração de petróleo na bacia do Maranhão pela China. Sendo desta forma a maior parceria do Brasil na área de petróleo. Outro acordo, anunciado por Lula, é que as empresas LLX, do Brasil e a estatal chinesa Wisco negociam a construção de um complexo siderúrgico no Porto Açu, no Tio de Janeiro.

A China é hoje o principal parceiro comercial e o maior mercado para as exportações brasileiras.
O Brasil quer aumentar o valor agregado de suas vendas aos chineses, pois a China é hoje o principal parceiro comercial do Brasil o maior mercado para as exportações brasileiras. Porém para aumentar as trocas comerciais do eixo sul-sul, o setor aeronáutico pode ajudar a tornar o comércio bilateral com a China mais equilibrado. E fica com o empresariado brasileiro o desafio de ser mais arrojado na conquista do consumidor chinês, A Expo Xangai oferece uma excelente oportunidade.

Análise dos Encontros

A importância da análise do contexto internacional para uma empresa é de grande valia, pois podemos tirar uma análise:
  • Dos rumos que a política internacional e comercial brasileira esta tomando
  • Sobre a importância de parcerias como o Bric, ou seja, a união de países com metas em comum para facilitar e efetivar objetivos, junto aos organismos internacionais.
  • De que forma estas parcerias afetam o negócio de uma empresa nacional? Pois, precisamos lembrar que mesmo que a atuação da empresa seja local, a concorrência é global. 

Tomando a última pergunta lanço o caso a seguir.
Durante a Crise Econômica Mundial de 2009 várias empresas do setor logístico sofreram com a baixa do dólar ou a queda da balança comercial.
No entanto, uma empresa deste setor, desafiou a crise econômica e realinhou suas estratégias, mantendo o foco no mercado interno, a companhia investiu na ampliação da sua frota de *cabotagem e comercialização de rotas que vão so sul ao norte do Brasil. Desta forma, aumentado a movimentação mensal de 1,3 mil TEU'S, no início do primeiro trimestre de 2009, fechando, o último trimestre de 2009, com um volume mensal de 5 mil TEU'S.

Neste caso a empresa, observou uma oportunidade de aumentar seu lucros, mesmo diante da crise internacional. Realinhando suas estratégias observando e analisando o cenário econômico internacional.

Por isso, analisar o contexto internacional é de suma importância para as empresas, pois, várias oportunidades podem ser avistadas (como o caso da exposição de produtos na Expo Xangai), e vários problemas podem ser prevenidos.

*Cabotagem é a navegação realizada entre portos interiores do país pelo litoral ou por vias fluviais.
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Mestrado em Relações Internacionais

Neste tópico irei compartilhar os estudos para o projeto de pesquisa que estou realizando para o ingresso no Mestrado.
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Mídias Sociais

Nesta categoria, compartilho o que eu tenho aprendido sobre o meu trabalho com mídias sociais.
Desde um bom planejamento de conteúdo, a exposição nas mídias e a análise de acesso ao conteúdo. Assim como as tendências, entre outros.
Aliás,também estou apaixonada pelo marketing digital
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Autor

Internacionalista! Trabalho com estratégia para mídias sociais, marketing digital e análise das relações internacionais.

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